A escola São João Batista, na comunidade rural do Maringá, foi construída com rescursos do Programa de Assistência a Projetos Comunitários e Segurança Humana do Consulado Japonês.
A Vila Maringá, comunidade localizada às margens da PA-151, há 18 km da sede do município de Abaetetuba, esteve em festa no dia 18 de outubro. Nesta data, foi inaugurada a Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental São João Batista. O novo prédio foi recebido com alegria e orgulho pelos moradores, já que antes, os estudos ocorriam em um local improvisado. "Nós trabalhávamos no centro comunitário, e lá era um ambiente bastante desfavorável para as crianças", relata Ana Célia, diretora da escola.
As novas instalações são amplas e confortáveis, com quatro salas de aula, cozinha, sala dos professores e banheiros. A estrutura vai proporcionar melhores condições de ensino e aprendizagem aos professores e aos 250 alunos da educação infantil e ensino fundamental atendidos pela unidade escolar. "Lá (na escola improvisada) era mais diferente, mais desajeitado", conta Patrício Neto, matriculado na educação infantil. "Mas essa escola, agora, eu gostei muito, é mais ajeitada do que aquela outra", assinalou o estudante.
O local abrigará, ainda, cem alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA). "Nossa expectativa é que (essa escola) dê continuidade em algumas coisas que estavam pendentes há muito tempo", segundo Rosa Maria, aluna do EJA. "Para nós, como aluno, a gente quer que melhore, como eu, com 63 anos, ainda tenho vontade de alguma coisa, conhecer as coisas melhores que vierem para a gente", declarou.
Essa realidade começou a mudar quando o município de Abaetetuba, através da Secretaria Municipal de Educação, inscreveu um projeto no edital do Programa de Assistência a Projetos Comunitários e Segurança Humana (APC), uma iniciativa do Governo do Japão, que apoia projetos humanitários voltados para comunidades que necessitam de desenvolvimento socioeconômico, educacional e na saúde. O Projeto de Cooperação Econômica, celebrado pelo Consulado Japonês e a Prefeitura de Abaetetuba, destinou R$ 409.384, 26 para a construção do estabelecimento.
"Ao tomarmos ciência do edital, imediatamente colocamos Abaetetuba nessa concorrência", explica Jefferson Felgueiras, secretário municipal de educação. "Escrevemos a proposta, concorremos com muitos outros municípios e chegamos à final", conta o gestor.
O representante da Comunidade Jocivaldo da Costa comemorou: "agora as crianças vão poder aprender melhor, os professores vão ensinar melhor, além das outras localidades da região, que também serão beneficiadas", declarou a liderança local.
E o dia da inauguração, enfim, chegou. Presente ao ato, o cônsul principal do Japão em Belém, Satoshi Morita, disse que esse momento representa um novo tempo de "desenvolvimento econômico dessa região (a partir da educação)". Já, a prefeita de Abaetetuba, Francineti Carvalho destacou o trabalho de equipes interdisciplinares que se empenharam na elaboração do projeto, "com a participação de psicólogos, assistentes sociais, pedagogos, sociólogos e a orientação do secretário de educação". Francineti ressaltou que, também, fez parte da elaboração do projeto. "É uma área que eu gosto bastante é de escrever projetos na área social e de educação. Então, o município se inscreveu, construiu o projeto, apresentou uma série de documentos e mostrou que já participamos de outros editais semelhantes. Então, isso (a experiência) nos ajudou bastante", pontuou a prefeita.
A inauguração foi uma verdadeira integração entre Japão e Abaetetuba, com decoração temática e gastronomia de ambas as culturas, além de uma apresentação do grupo "Taiko Kyoumei", de Tomé-Açu, um município com forte presença japonesa na Amazônia, promovendo uma verdadeira celebração da amizade e a cooperação entre as nações.
Texto: Ramon Pinheiro e Naldo Araújo - Ascom/PMA