Visando a prevenção do suicídio e a mutilação de crianças e adolescentes da rede pública municipal de ensino em Abaetetuba, o Governo Municipal por meio das Secretarias de Saúde (Sesmab) e Educação (Semec) promove mais um momento de formação do Projeto "Papo Cabeça". Cerca de 50 Coordenadores Pedagógicos de escolas localizadas na cidade, estrada e ilhas participaram do encontro realizado no auditório da Semec, nesta segunda-feira (20). A Coordenadora da Saúde Mental, Rachel Dias, destacou a importância de promover encontros de formação e trocas de experiências sobre o tema com os profissionais da educação" Aqui eles irão aprender a identificar os sinais de alerta nas crianças e adolescentes, além de serem multiplicadores de conhecimentos no trabalho de prevenção dentro do ambiente escolar", explicou. "O professor ou coordenador identificar os sinais de alerta, fazer uma escuta acolhedora, chamar os pais, criar uma rede de apoio para que a criança ou adolescente se sentir acolhida, pertence ao núcleo familiar é um dos primeiros passos para evitarmos casos de suídio" acrescentou, Rachel Dias. De acordo com o Ministério da Saúde em estudo realizado pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), entre 2012 e 2021, cerca de mil adolescentes na faixa etária de 10 a 19 anos de idade cometem sucídio no Brasil, a cada ano. Entre os principais fatores de risco ligados ao ambiente escolar podemos destacar o bullying, racismo, machismo, lgbtfobia, violência sexual, histórico familiar de suicídio, depressão, transtorno mental não tratado, além do uso excessivo das redes socias sem monitoramento dos responsáveis. Crianças e adolescentes LGBTQIA+ têm entre duas a sete vezes mais probabilidade de ideação suicida, o que pode ser explicado pela exclusão social, violação dos direitos humanos, solidão e diversas violências (psicológica, moral e física) a que são submetidas. Para a Coordenadora Pedagógica, Maria de Lourdes Loureiro, atuante na EMEIF Leandro Tomé de Miranda, o Projeto "Papo Cabeça" gera consieráveis impactos no trabalho de prevenção da ideação de suicídio desenvolvido no ambiente escolar "Se a gente passa a olhar com mais atençao, carinho e amor, talvez a gente salve bem mais crianças que às vezes nem sabem dizer o que estão passando", opinou. Texto: Ramon Pinheiro - Ascom/PMA