As instalações contam com mais de 4.000 mil de livros físicos e uma sala de informática para pesquisa digital
O Governo Municipal, em parceria com o Instituto Oldemburg, idealizador do Projeto "Hora da Leitura" e apoio da a Afya- Faculdade de Ciências Médicas, entregaram, no mês de outubro, 5 bibliotecas comunitárias que atenderão crianças, jovens e adultos leitores do município, Vila de Beja e ilhas de Abaetetuba. Cada um dos espaços conta com centenas de títulos em seus acervos, que estarão ao alcance da comunidade para desenvolver e fortalecer o hábito da leitura.
"Estamos muito felizes em poder fazer a entrega desses 5 espaços de leitura e mais uma sala de pesquisa digital que irão potencializar a busca pelo conhecimento e a formação de grandes cidadãos", destacou a Prefeita de Abaetetuba, Francinete Carvalho.
De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, os acervos reúnem mais de 4.000 livros neste primeiro momento. A ideia é aumentá-los gradativamente, com o apoio da Biblioteca Pública Municipal, além da futura aquisição de uma biblioteca virtual, que será acessada na sala de pesquisa digital, na Vila de Beja.
A seleção dos locais para instalação de cada uma das bibliotecas comunitárias se deu a partir de estudos realizados pela Secretaria Municipal de Educação, seguindo critérios de necessidade desses espaços nas localidades, contexto e potencial social. As salas estão localizadas nos seguintes espaços: Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Santa Luzia; no bairro do Algodoal, Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental (EMEIF) Dionísio Hage, no Rio Quianduba; EMEIF Nossa Senhora da Paz, no Rio Arumanduba; UBS Flutuante e Centro Social de Pesquisa, da Vila de Beja, onde também se inaugurou um espaço com cinco computadores para pesquisas virtuais.
Em seu discurso na inauguração da Sala na Vila de Beja, o Secretário Municipal de Educação, Jefferson Felgueiras, chamou atenção para a importância de um olhar diferenciado que garanta para essas localidades a continuidade das tradições territoriais ribeirinhas e quilombolas. Dentro dessa perspectiva, uma inspiração a ser seguida é seu Domingos Guilherme, professor aposentado, com 73 anos, que se considera um apaixonado pela literatura e por sua cultura. Não à toa, o escritor ribeirinho da Comunidade Rio Arumanduba, onde nasceu e mora até hoje, se dedica a escrever poemas e histórias que enaltecem a vivência amazônica.
Seguindo os exemplos dos pequenos "Lê" e "Leia", mascotes do Projeto "Hora da Leitura", que sentados em uma canoa feita de miriti, representam o gosto pela literatura, a estudante Rita de Cassia (9), não abre mão de um bom livro. Estudante da Escola Santa Luzia, no bairro Algodoal, a pequena está entusiasmada com a oportunidade de poder ter acesso a tantos livros. " A biblioteca está muito bonita. Vou emprestar vários livros, vou ler muito!", disse a jovem leitora.
Durante as cerimônias de inauguração, personalidades como o escritor Antônio Torres, Maria Coroa e Elzira Macedo Silva, que dão nome aos espaços de leitura e sala de informática, tiveram suas histórias contadas por meio de belas homenagens sobre suas trajetórias como agentes de transformação social. Entre as homenagens, professores e estudantes fizeram apresentações de musicais, declamação de poemas e danças, destacando a produção de Antônio Torres - escritor brasileiro, ocupante da cadeira 23 da Academia Brasileira de Letras, cujas obras destacam temáticas sobre o sertão, a imigração, relações familiares e o retorno às origens.
Maria Xavier de Sena, ou Maria Coroa, como é conhecida popularmente, agora dá nome à sala de informática do Centro Social de Pesquisa, na Vila de Beja, Educadora e empresária, Maria Coroa foi uma mulher apaixoada pela natureza, que se mudou com a família para o distrito de Beja, na primeira metade do século 20, onde dedicando-se a lecionar e contribuir para o fomento do turismo na localidade.
Na sala de leitura da UBS Flutuante, a homenageada foi Dona Elzira Macedo Silva, a saudosa nasceu e morou por muito tempo na comunidade ribeirinha Rio Bacuri. Lá, Elzira atuou como professora e artesã, construindo um legado de muito conhecimento e boas lembranças.
INSTITUTO OLDEMBURG E PROJETO SALA DE LEITURA
O Instituto Oldemburg foi criado a partir de uma influência genuína na atuação da educadora Wanda Oldemburg na escola pública onde trabalhava. O objetivo é ser agente de transformação social através de iniciativas socioeducativas e culturais. A mais importante iniciativa do Instituto, que está na origem de sua fundação, é o Projeto Sala de Leitura, que tem como propósito a implantação de salas de leitura em todo Brasil desde 2003.
Para celebrar a sua renovação junto a novos territórios e a novos públicos, o projeto ganha um novo nome a cada edição, em Abaetetuba foi intitulado "Hora da Leitura", porém mantendo sempre sua proposta e concepção inicial.
Texto: Ramon Pinheiro - ASCOM/PMA
Revisão: Susan Santiago - ASCOM/PMA